Olá queridos!
Essa foi a leitura do mês do Clube de Leitura Icaraí. Acabei a tempo, mas, infelizmente, não pude ir à reunião, que aconteceu nesta sexta, dia 10.
Sinopse do site submarino: "Autor de romances, volumes de contos, ensaios, uma peça de teatro e alguns livros de poemas, Milan Kundera, nascido na República Tcheca e naturalizado francês, é um dos maiores intelectuais vivos. Ficou especialmente conhecido por aquela que é considerada sua obra-prima, A Insustentável leveza do ser, adaptada ao cinema por Philip Kaufman em 1988. Vencedor de inúmeros prêmios, como o Grand Prix de Littérature da Academia Francesa pelo conjunto da obra e o Prêmio da Biblioteca Nacional da França, Kundera costuma figurar entre os favoritos ao Nobel de Literatura. Seus livros já foram traduzidos para mais de trinta línguas, e há mais de quinze anos o autor tem sua obra publicada no Brasil pela Companhia das Letras. Em 2013, o mundo editorial se surpreendeu com um novo romance de Kundera, que já não publicava obras de ficção desde o lançamento de A ignorância, há mais de dez anos.
A Festa da Insignificância foi aclamado pela crítica e despertou enorme interesse dos leitores na França e na Itália, onde logo figurava em todas as listas de best-sellers.
Lembrando A grande beleza, filme de Paolo Sorrentino acolhido com entusiasmo pelo público brasileiro no mesmo ano, o novo romance de Milan Kundera coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido. Eles passeiam pelos jardins de Luxemburgo, se encontram numa festa sinistra, constatam que as novas gerações já se esqueceram de quem era Stálin, perguntam-se o que está por trás de uma sociedade que, ao invés dos seios ou das pernas, coloca o umbigo no centro do erotismo.
Na forma de uma fuga com variações sobre um mesmo tema, Kundera transita com naturalidade entre a Paris de hoje em dia e a União Soviética de ontem, propondo um paralelo entre essas duas épocas. Assim o romance tematiza o pior da civilização e lança luz sobre os problemas mais sérios com muito bom humor e ironia, abraçando a insignificância da existência humana.
Mas será insignificante, a insignificância? Assim Kundera responde a essa questão: "A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la"."
Esse livro é no estilo mais filosófico. É para pensar, analisar, interpretar...
Essa sinopse já esclarece muita coisa. Os relatos se passam em Paris. O livro é dividido em sete partes.
Os diálogos são interessantes e, em alguns momentos, Stálin é citado e suas possíveis conversas comentadas. E os personagens chegam a cogitar uma ternura desconhecida de Stálin ao ver um camarada seu sofrendo.
Uma parte curiosa do livro acontece quando, na conversa entre dois colegas, um deles descobre por seu médico que não está com câncer, mas mente para o amigo, dizendo que sofre da doença e sente prazer nisso.
Os personagens citam o umbigo como meio de sedução, fazendo uma ligação com o nascimento. Comentam ainda sobre a questão de o umbigo não individualizar ninguém, como outras partes do corpo.
Enfim, o livro traz à tona os sentimentos mais escondidos do ser humano, demonstrando a sua condição de insignificância.
Boa leitura!
Boa leitura!
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