Olá queridos!
Vou comentar rapidamente sobre os últimos livros lidos. Aqui no blog gosto de fazer recomendações com resenhas curtas.
Elas em Poesia, da Editora Gráfica Heliópolis
Vou começar falando dessa Antologia, da qual tive a honra de participar com um poema.
Foi realizado um concurso pela Editora Gráfica Heliópolis para selecionar poemas em homenagem às mulheres. Embora eu me considere uma escritora mais da prosa, participei e tive meu poema selecionado.
A Editora está em uma Comunidade de São Paulo. Gostei muito do projeto do fundador da Editora, Paulo César Marciano, pois é um projeto social para publicar pessoas da Comunidade e, eventualmente, a Editora realiza concursos abrangendo todo o Brasil, como foi o caso desse. O miolo do livro foi feito com o bagaço da cana de açúcar. Prestigiem o projeto, pois vale a pena.
Gostei muito dos poemas, que foram escritos por homens e mulheres, com o intuito de homenagear as mulheres. Em sua maioria, são textos que valorizam a força e a independência da mulher.
Caso queiram adquirir o livro, entrem em contato com a Editora através das redes sociais. Recomendo!
Entrevista
Aproveito para divulgar também a entrevista que dei para a Rádio Aliança, na qual falei um pouco sobre minha participação em clubes de leitura e sobre as antologias de que participo, entre elas, essa da Editora Gráfica Heliópolis. Fui entrevistada por Tânia Ribeiro Roxo.
A entrevista poderá ser ouvida na página oficial da Rádio no facebook. Foi no programa de 25/05/19 (Arte, cultura e outras coisas). A minha entrevista está nos dez minutos finais.
Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende
Eu já tinha muita vontade de ler esse livro, desde que soube um pouco sobre a autora, que foi na FLIP.
A autora é freira e feminista. Interessante, não?
Esse foi o livro do mês de abril do Clube Quixote, de São Gonçalo.
Sinopse da amazon:"'Quarenta dias no deserto, quarenta anos.' É o que escreve Alice, a narradora de Quarenta dias, ao anotar num caderno escolar pautado seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade. 'Eu não contava mais horas nem dias', escreve Alice. 'Guiavam-me o amanhecer e o entardecer, a chuva, o frio, o sol, a fome que se resolvia com qualquer coisa, não mais de dez reais por dia.'"
A Alice, a narradora, conta que teve que se mudar contra a sua vontade para Porto Alegre, com o objetivo de ajudar a filha a cuidar do futuro neto (a). Saiu de João Pessoa para lá. Ela tem um caderno, com capa da Barbie, onde faz relatos do que aconteceu após se mudar.
Quando descobre que sua filha e o genro estão indo viver em outra cidade por um tempo, deixando-a sozinha, ela se agarra na primeira oportunidade, para dar uma sumida, também. O seu pretexto é encontrar Cícero, mas, na verdade, ela quer se encontrar, se descobrir. Então, irá viver quarenta dias na rua.
Não vou contar mais do que isso.
O que posso dizer é que é um livro muito reflexivo, onde podemos conhecer um pouco dos sentimentos mais íntimos do ser humano, além de nos aprofundarmos nas histórias de moradores de rua e da periferia.
Pelo que pesquisei, a autora chegou a dormir na rua para escrever o livro.
Achei a história maravilhosa! Recomendo!
O Amante, de Marguerite Duras
Esse foi o livro do mês do Clube de Leitura Leia Mulheres.
Sinopse do site da Travessa: "Considerado o livro mais autobiográfico da escritora, dramaturga e cineasta Marguerite Duras (1914-1996), O amante, escrito em 1984, recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como sua obra mais célebre. O romance narra um episódio da adolescência de Duras: sua iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se as personagens e fatos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende; não sabemos em que medida a história é verdadeira.
Os encontros amorosos são, ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afetiva.
A presença da mãe, sua desgraça financeira e moral, do irmão mais velho, drogado, cruel e venal, e do irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência predominantemente triste, e por vezes trágica, de onde Duras extrai um esplendor artístico que se reflete em sua própria pessoa - personagem enigmática, quase de ficção.
Tem sido dito que ler este livro é como folhear um álbum de fotografias - a narrativa se desenrola em torno de uma série de imagens fascinantes. Esse trabalho primoroso com as imagens também pode ser verificado nos mais de vinte filmes dirigidos por Duras e na possibilidade de seus textos se transformarem em filmes, como o fez Jean-Jacques Annaud com O amante em 1991. (...)"
Ainda não consegui assistir ao filme baseado no livro.
Uma das coisas que mais chamam a atenção nesse livro é a forma que a autora escreve. São frases curtas, porém, conseguimos entender bem as características de cada personagem.
O livro, mesmo curto, é muito profundo.
A autora conta como foi sua iniciação sexual com um homem rico e mais velho. Conta também sobre a difícil relação com o irmão mais velho e a perda do irmão mais novo precocemente.
Conseguimos entender um pouco sobre os sentimentos da narradora, nesse relato bem humano.
É um bom livro. Recomendo!
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