Olá queridos!
Esse foi o livro do mês do clube de Leitura Leia mulheres Niterói-RJ.
Sinopse da contracapa: "Este livro é um grito — de dor, de guerra, de liberdade. Em nome de todas as mulheres que não se enquadram, mas também de todos os seres que fogem de estereótipos, Virginie Despentes expõe sua intimidade: de punk a prostituta, de vítima de estupro a cineasta. Sua trajetória serve de disparo para estilhaçar a ditadura da imagem e os preconceitos a ela vinculados. Não à toa, o livro foi um fenômeno na França; ele é, afinal, um manifesto poderoso, ácido e provocante para um novo feminismo. Para Paul B. Preciado, em seu Testojunkie, “V.D. é um ser absolutamente perfeito […]. Convém destacar que existem muitos tipos diferentes de perfeição na pornografia e no feminismo, e que v.d. possui todos esses tipos reunidos e que cada um deles lhe pertence em seu grau máximo”.
Já começo dizendo que não é o tipo de livro que agrada a todo mundo. É um livro forte, de grito contra as convenções, contra as imposições da sociedade para a mulher, além de ser uma autobiografia.
"Escrevo daqui como uma mulher inapta a atrair a atenção masculina, a satisfazer o desejo masculino e a me contentar com um lugar à sombra. É daqui que escrevo, como uma mulher não sedutora mas ambiciosa, atraída pelo dinheiro que ganho sozinha, atraída pelo poder de fazer e de recusar, (...)Eu não me importo de parecer dura com os homens que não me fazem sonhar. Não me parece nem um pouco óbvio que as meninas sedutoras se divirtam tanto assim." (p.9)
A autora, nesse relato corajoso, conta para nós leitores que já foi estuprada e, também, que já foi prostituta. Ela se tornou escritora e cineasta francesa. Esse livro é um tanto perturbador.
É um discurso feminista? Também. Além de abordar a questão das imposições da sociedade, tais como casar e ter filhos, ela ressalta o quanto as mulheres sentem orgulho em avançar com o freio de mão puxado, como se o poder nos envergonhasse.
É para concordarmos com todas essas ideias? Não é esse o objetivo, mas sim discutirmos o assunto, refletirmos... Então, acho que o livro cumpre bem esse papel.
Recomendo!
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