Olá queridos!
Falarei rapidamente de minhas últimas leituras.
Ânsia Eterna (Júlia Lopes de Almeida e Verônica Berta)
Para o Leia Mulheres Niterói, lemos 3 contos da Julia Lopes de Almeida e a HQ Ânsia Eterna, da Verônica Berta, inspirada nos contos da Júlia.
Sinopse do site da Amazon: "Suspense, surpresa, grotesco e tragédia. Os elementos presentes em Ânsia Eterna (1903) são transpostos por Verônica Berta como meio de se expressar em uma organização da forma através das histórias em quadrinhos."
Primeiramente, quero dizer que não sabia da importância da Júlia Lopes de Almeida, que foi uma das fundadoras da Academia Brasileira de Letras. Ela não pôde assumir uma cadeira na Academia por ser mulher. Lamentável! Falando em Academia, torci muito por Conceição Evaristo, mas não foi dessa vez...
Os contos da Júlia são fortes, secos e contêm dose de ironia e terror.
Conheci a Verônica Berta na FLIP. Ela é uma fofa.
Assisti a uma entrevista em que ela fala do processo de escolha dos contos e da importância de dar visibilidade para a Júlia.
A sua HQ está sensacional! Ela fez um trabalho lindo, com tons necessários a contar as narrativas inspiradas nos contos da Júlia.
Recomendo os contos e a HQ!
O Paraíso são os outros (Valter Hugo Mãe)
Sinopse da Amazon: "Em O paraíso são os outros, uma menina volta seu olhar pueril para os casais. Casais de pessoas e de animais, de homem e mulher, de mulher com mulher, de golfinhos e de pinguins. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Uma menina que ao imaginar a vida dos outros, sonha com a pessoa que um dia irá amar. Sua voz inocente toca tanto as crianças quanto os adultos.
A nova edição desta obra do aclamado escritor português Valter Hugo Mãe traz ilustrações do autor e texto de Noemi Jaffe na quarta capa. Além disso, esta edição apresenta texto atualizado, nota exclusiva do autor sobre suas ilustrações e miolo com cores especiais.
“Mais do que um livro, O paraíso são os outros é um convite à vida. Quando percebermos que o amor precisa de ser uma solução e não um problema então teremos percebido tudo.” - Luis Sepúlveda.
“Parece que só quem aceita o erro em si mesmo é capaz de amar os outros, nosso paraíso difícil e necessário. Valter Hugo Mãe propõe, como em seus desenhos, a unidade na dualidade e vice-versa. Só para os que amam ou os que estão dispostos a amar.” - Noemi Jaffe."
É um livro fofo para ter na cabeceira da cama. Fala sobre o amor, simples assim.
Recomendo!
Quiçá (Luisa Geisler)
Estava curiosa para ler um livro da premiada jovem escritora Luisa Geisler. Comecei por esse.
Sinopse da Livraria Cultura: "A obra Quiçá é protagonizada pelo jovem Arthur, parente do interior, anatematizado pela família, e Clarissa, a solitária prima de 11 anos, boa aluna e boa filha. O Primo passa a ser, com o decorrer das semanas, o único olhar a definir e entender Clarissa, ante a discreta desconfiança dos pais da menina, ausentes do seu dia a dia. AS cenas fragmentárias do romance revelam vidas descosidas umas das outras: nas relações a dois, nas relações familiares e nas amizades, tudo soa precário. MEsmo a ligação que une Arthur e Clarissa não se dá por inteiro, e alguns segredos desconfortáveis assomam como breves fantasmas ao longo do texto. UMa reunião de Natal, a que toda a família comparece sem vontade, apenas sublinha o esgarçamento do tecido que uma vez os uniu. O Romance mostra inequívocas qualidades literárias, e com o seu tom impressionista, atento aos detalhes sutis do contato humano, consegue prender o interesse do leitor por meio de bom domínio técnico. O Texto tem um ouvido especial para a linguagem coloquial contemporânea da nossa classe média urbana, reelaborando-a estilisticamente por recursos sintáticos (e às vezes gráficos), sem perder, entretanto, o eixo narrativo que lhe dá substância. DO ponto de vista estrutural, Quiçá se realiza em três tempos, uma proeza para qualquer escritor: a) um ano letivo, no qual Arthur passa na casa dos tios, após ter sido internado por tentativa de suicídio; b) um dia, um almoço de Natal que reúne toda a família; c) uma vida, nas pequenas revelações diárias. NEste conjunto cênico que se entrelaça, transparece uma descrença corrosiva, mas sem ênfase, que parece esvaziar a possibilidade de uma vida libertadora; o possível são apenas lampejos erráticos de pequenos roteiros sem transcendência. PElo bom equilíbrio entre forma e intenção, Quiçá é um livro que envolve e faz pensar."
Encontrei com a autora e comentei que estava lendo seu livro. Ela me falou que não considera esse o seu melhor.
Então, é um livro que não é linear, como a sinopse já diz, há 3 momentos que se misturam. Além desses momentos, a autora intercala situações aleatórias de personagens aleatórios.
A linguagem é bem jovem, acompanhando os protagonistas Clarissa e Arthur. O menino tentou suicídio, então foi morar na casa da prima.
Os pais da Clarissa não dão muita atenção para ela e para o primo, então Arthur acaba sendo aquela pessoa presente na vida da prima.
Eu não achei a leitura muito interessante, não senti empatia pelos protagonistas, mas entendi o objetivo da autora, que escreve bem.
Boa leitura!
Um útero é do tamanho de um punho (Angélica Freitas)
Sinopse da Companhia das Letras: "Depois de Rilke Shake (coleção Ás de Colete, 7Letras e Cosac Naify, 2007), o segundo livro de Angélica Freitas, Um útero é do tamanho de um punho (Cosac Naify, 2012), reúne poemas escritos a partir de um tema central: a mulher. Uma das vozes mais destacadas da geração, Angélica Freitas subverte as imagens absolutamente gastas do que se espera do gênero feminino, anunciadas em capas de revistas e em vitrines de lojas de departamentos, e joga luz - com inteligência, sagacidade e senso de humor aguçado - sobre o nosso tempo."
Com linguagem direta e informal, a autora fala em seus poemas sobre a visão da sociedade sobre a mulher, de forma a expor os seus sentimentos com clareza.
Recomendo!
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