Olá queridos!
Nesse domingo, foi o nosso encontro do Leia Mulheres Niterói, que agora está em um espaço novo: O Solar do Jambeiro. Um espaço muito bom e bonito!
O debate rendeu bastante! Afinal, tivemos a escrita da Lygia Fagundes Telles com esses contos maravilhosos.
Sinopse/descrição da Saraiva: "Uma jovem se prepara para ir a um baile carnavalesco onde as fantasias devem ser todas verdes. Enquanto ela se maquia para o baile, colocando lantejoulas no saiote verde que cobre o biquíni, seu pai agoniza no quarto ao lado. Esse ambiente teatral e angustiante do conto 'Antes do baile verde' dá a tônica do livro homônimo. 'Antes do Baile Verde' (publicado em 1970 e traduzido para o tcheco, o russo e o francês) é um dos livros mais marcantes da carreira de Lygia Fagundes Telles. Os contos, escritos entre 1949 e 1969, deixam claro para o leitor por que a autora é uma das mais representativas e premiadas escritoras brasileiras em atividade. Estão presentes no livro algumas histórias emblemáticas como 'O jardim selvagem' e 'Meia-noite em ponto em Xangai'.
Narrativas turbulentas, de diálogos cuidadosamente esculpidos e marcadas por finais em aberto, como no conto 'Natal na barca', em que uma mulher atravessa o rio com o filho no colo, sem que o leitor saiba se a criança está mesmo viva. Os finais das histórias de Lygia provocam o imaginário do leitor. Há sempre uma cartada, uma surpresa, um susto.
A autora demonstra uma coragem singular para trabalhar pontos mais delicados da condição humana através de personagens cínicos, amargos e, principalmente, cruéis como no clássico conto 'Apenas um saxofone', onde uma mulher pede ao amante que se mate como prova de amor."
Vários contos são marcantes nesse livro.
Dois me chamaram especial atenção: Helga e Venha ver o pôr do sol. Em ambos, acompanhamos a narrativa de duas "histórias de amor", com finais inesperados e surpreendentes.
O que conversamos foi que a autora permeia por vários estilos. Para quem já leu As meninas (eu ainda não), pode perceber um estilo de contar a história com fluxo de consciência, o que difere um pouco da narrativa desses contos.
Observamos que nesses contos, de forma um pouco teatral, vamos entendendo a história mais pelas ações dos personagens do que pelo que sabemos deles. A escrita é bem objetiva.
Por outro lado, a autora não facilita a compreensão de nós leitores. Ela nos surpreende a cada conto e nos faz pensar.
Alguns contos nos dão a impressão de que a autora parou pela metade e que falta um final. Claro que é propositado. Ela quer que o leitor ache esse final.
Enfim, uma leitura que vale muito a pena e que é muito marcante.
Se você já leu, conte o que achou. Qual o seu conto preferido?
Recomendo!
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