Olá queridos!
Nesse domingo, debatemos sobre o último livro do ano do Leia Mulheres Niterói: O Papel de Parede Amarelo. Na verdade, é um conto, bem curto, porém bem denso. Adorei a leitura!
Sinopse da Saraiva: "Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade."
Logo na apresentação do livro, a Flávia Yacubian nos explica que a protagonista teria sido diagnosticada com depressão pós-parto nos dias atuais, o que não aconteceu na narrativa, eis que ela foi diagnosticada com um problema psiquiátrico e foi levada para um lugar recluso, afastado da estrada, como ela mesma descreve.
A protagonista fica perturbada com o papel de parede amarelo do seu quarto.
"A cor é repugnante, quase repulsiva; um amarelo queimado e sujo, estranhamente desbotado pela luz do sol que sobre ele passa lentamente."
A protagonista descreve o seu marido John como gentil, porém, percebemos certa opressão desse marido com relação a ela, já que ele dá todas as ordens, ela não tem voz ativa na "casa", o que denota a cultura da época no tratamento da mulher. O seu prazer em escrever também não era visto com bons olhos.
Por estar tão desocupada, a protagonista "viaja" com relação ao papel de parede amarelo. Ela começa a ver imagens que, aos poucos, nós leitores podemos perceber que são metáforas que a autora utiliza para nos passar o estado em que se encontrava a protagonista.
O debate foi muito interessante e enriquecedor, pois cada leitor pôde fazer a sua leitura com relação a certas passagens, principalmente com relação ao final, que dá margem a muitas interpretações.
A obra possui várias camadas e, portanto, não há interpretação certa ou errada, mas diferentes percepções, que são igualmente interessantes. Esse livro levou a vários questionamentos muito bons.
Recomendo a leitura!
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