Olá queridos!
Finalmente consegui concluir a leitura do mês de outubro do Clube Leia Mulheres de Niterói. Em outubro viajei e acabei atrasando algumas leituras. O que faz parte!
Também existe a série The handmaid's Tale. Ainda não assisti. Quero muito assisti-la!
Sinopse da Wikipédia: "The Handmaid's Tale é um romance distópico de 1985 da autora canadense Margaret Atwood. Situado na Nova Inglaterra de um futuro próximo, que agora é parte de uma teonomia totalitária fundamentalista cristã que derrubou o governo dos Estados Unidos."
O livro é bem interessante, embora existam partes um pouco arrastadas na metade do livro. Há muitas descrições desnecessárias, no meu ponto de vista.
Na história, em um futuro, o governo dos EUA é derrubado por um grupo "cristão" fundamentalista, que passa a dominar o país, com o novo nome de Gilead.
Conhecemos a história através de Offred, que é uma aia, ou seja, uma mulher fértil, que nesse novo regime, totalmente patriarcal e machista, é "estuprada" pelo comandante com a anuência e a "participação" da sua esposa. Coloquei estuprada entre aspas, pois a aia consentia com o "estupro" para o bem maior: a procriação.
A partir daqui, o que vou falar, talvez tenha um pouco de spoiler, então, quem não quiser saber mais detalhes, não leia.
Na verdade, ela não tinha muita escolha, pois caso não aceitasse ser aia, acabaria em colônias, com trabalhos pesados ou teria que se prostituir na Casa de Jezebel.
"Minha saia vermelha é puxada para cima até minha cintura, mas não acima disso. Abaixo dela o Comandante está fodendo. (...)" (p.115)
As mulheres são divididas em férteis e inférteis. E se não conseguem ter um bebê, a culpa nunca é do homem. A mulher, nesse governo, é sempre culpada pela não continuação da espécie. E se o bebê nasce com alguma doença, a mulher também é culpada, e o bebê é descartado.
As aias precisam se cobrir dos pés à cabeça, não podem utilizar qualquer cosmético. Elas vivem para procriar. São vigiadas a todo tempo. As que não podem ter filhos ou vão para a cozinha ou para a colônia ou ainda para a Casa de Jezebel.
Elas também não podem se comunicar com seus parentes e nem mesmo ficam sabendo de seu paradeiro.
As esposas dos comandantes, por sua vez, por serem inférteis, são obrigadas a aceitar e a presenciar os respectivos maridos "estuprando" as aias.
As tias orientam e castigam as aias.
E nesse regime ditatorial, quem se revolta contra o sistema acaba enforcado e pendurado para que todos possam ver o que acontece com quem não obedece às regras impostas.
Nesse novo regime, as mulheres são proibidas de trabalhar, pois isso passa a ser algo que apenas o homem pode fazer.
O livro faz uma crítica a todo tipo de fanatismo, não apenas religioso, a meu ver, levando-nos à reflexão, pois, infelizmente as liberdades já conquistadas bem como a democracia podem vir a ser derrubadas por um grupo extremista, caso não façamos as escolhas certas na política e na vida social, de uma forma geral.
É um livro para chocar, mas muito necessário.
Recomendo!
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