Olá queridos!
Finalmente terminei a leitura desse livro, que foi o escolhido do mês de setembro do Clube de leitura Leia Mulheres Niterói.
Confesso que não gostei muito.
Sinopse do site da Saraiva: "Toda a história do romance se passa num único dia, em junho de 1923, em que Clarissa Dalloway resolve ela mesma comprar flores para a festa que vai oferecer logo mais, à noite, em sua casa. A partir desta cena inicial, o romance segue a protagonista pelas ruas de Londres num ritmo cinematográfico, registrando suas ações, sensações e pensamentos. Em torno de Clarissa, gravitam vários personagens: o marido Richard Dalloway, a filha Elizabeth, um amigo de juventude que acaba de voltar da Índia, Peter Walsh, com quem ela tem grande conexão afetiva. Até mendigos que ela encontra na rua e o próprio Primeiro-Ministro vão entrar na história. Certos personagens atravessam o caminho de Clarissa, sem que ela se dê conta, e passamos a segui-los. É o caso de Septimus Warren Smith, um ex-combatente da Primeira Guerra Mundial arruinado pela doença mental.
Há simetrias, ressonâncias e descontinuidades, numa trama muito bem urdida por Virginia Woolf. A autora é prodigiosa na exploração dos desvãos da consciência e das ambiguidades entre os afetos e as convenções sociais. Passado e presente se intercalam, e acessamos os vários planos da subjetividade por meio de um elaborado uso do discurso indireto livre. Muito já se comentou sobre Mrs. Dalloway, desde que o livro foi publicado pela primeira vez, em 1925. O romance já foi considerado impressionista, criticado pela falta de unidade e reverenciado por ser revolucionário em termos de linguagem. Já se disse que a obra é incrivelmente contemporânea, fazendo uso de técnicas de justaposição e montagem, como no cinema. Há quem trate o livro como um romance feminino. Ou como um brilhante ensaio filosófico. Mrs. Dalloway também pode ser lido como um documento das transformações sociais e políticas dos anos 1920, ou como um romance psicológico. Ou mesmo como uma vibrante história de amor, com final aberto. A última palavra, evidentemente, é sempre do leitor."
Conforme a própria sinopse descreve, o livro divide opiniões. No clube, alguns gostaram, outros nem tanto. Esse foi o meu caso.
Claro que reconheço o talento da autora em conseguir escrever nessa abordagem psicológica, mostrando os pensamentos dos personagens (fluxo de consciência).
O livro não me prendeu muito. Acredito que se deva à forma como a autora mostrou os personagens para nós leitores.
Os fluxos de consciência dos personagens vão se intercalando, de forma que temos que ficar bem atentos para não nos perdermos na leitura, além disso, apesar de o livro se passar em apenas um dia, há o recurso de flashback, mostrando um pouco do passado dos personagens.
Então, eu acabava me perdendo um pouco na leitura e desviando meu foco de atenção. Foi bem difícil para mim terminar essa leitura. Alguns colegas do clube acharam a leitura fluida, o que mostra essa divisão de opiniões.
A Clarissa aos poucos, através de seus pensamentos, vai mostrando um pouco dos seus sentimentos e parece se arrepender de ter um dia terminado com o amor do passado, o Peter:
"(...) Mas com Peter era preciso compartilhar tudo; meter-se em tudo. E isso era intolerável, e ao chegar àquela cena no pequeno jardim junto à fonte, ela teve que terminar com ele ou eles teriam sido aniquilados, os dois arruinados, ela estava convencida disso; apesar disso ela ostentou por anos como uma flecha atravessada em seu coração a mágoa e a angústia; (...)" p. 10 e 11.
Há alguns temas abordados no livro, como problemas psicológicos, poder, ambição, amor, entre outros. Conhecemos os assuntos através dos pensamentos dos personagens.
Enfim, quero ler outro livro da autora para formar minha opinião sobre a sua escrita. Quem quiser, comente o que achou do livro.
Boa leitura!
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