Olá queridos!
Esse foi o livro do mês do Clube de leitura Icaraí.
Sinopse da Livraria da Travessa: "Depois de publicar Maíra e O mulo, duas importantes obras de Darcy Ribeiro, a Global Editora leva às livrarias Utopia Selvagem, que traduz a cultura brasileira, seus contornos e suas misturas, características marcantes do povo brasileiro.
Na obra, Darcy desconstrói estereótipos nacionais e busca reinventar o Brasil. Um Brasil surge centrado na figura do branco, do índio e do negro. Ele mostra que nossa maior riqueza é este universo repleto de diferenças: um povo novo, miscigenado, híbrido, aprimorado, pronto para ser a mais bela nação da Terra. Darcy apostava que a convivência, por mais utópica que pudesse parecer, deveria ser sempre experimentada, pois é dela que se conseguem os melhores frutos da vida.
Publicado pela primeira vez em 1982, Utopia selvagem traz a história do negro Pitum, que, buscando o Eldorado em meio à Guerra Guiana, é engolido por uma cortina branca e acaba sendo capturado pelas amazonas, mulheres guerreiras. No convívio indígena, Pitum transmuta-se, aprendendo a língua dos índios e adaptando-se aos seus costumes. Uma história tocante, que convida o leitor a refletir acerca da capacidade de adaptação do ser humano às mais inusitadas circunstâncias.
Nessa obra, o antropólogo desenha livremente uma fábula, na qual nos apresenta uma sociedade fadada ao sucesso por ser miscigenada, fruto de um aprendizado que fez com que ela conseguisse, a duras penas, construir-se hibridamente com suas incontornáveis diferenças sociais, culturais e econômicas."
O negro Pitum, a princípio, vai parar na tribo das amazonas, uma tribo composta unicamente por mulheres. Lá, de forma jocosa, o autor inverte os papéis, e o Pitum, único homem naquela tribo, passa a ser um objeto sexual, com o objetivo de procriação.
Trecho abaixo para maiores:
"-Só aí compreendi o que ainda estou pra entender: em lugar de comer, eu estava sendo comido."
Posteriormente, ele vai parar em outra tribo e começa a aprender a cultura dos índios.
O autor busca falar das misturas de raças, através dos seus representantes: o negro Pitum, os índios, as monjas brancas.
O livro, que tem uma leitura bem fluida, com partes engraçadas, traz um pouco de cada cultura, englobando não só os costumes, como a religião.
As monjas tentam impor a sua verdade, enquanto os índios têm a sua crença.
O autor, o tempo todo, leva o leitor a refletir sobre as imposições culturais que foram feitas ao longo dos anos do mais forte sobre o mais fraco.
O livro também é cheio de referências a outros livros.
O livro também é cheio de referências a outros livros.
Boa leitura!
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